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Você não é ágil só porque faz sprints ou possui um board!

Foto do escritor: André TorbitoniAndré Torbitoni

Você já se perguntou por que, apesar de seguir práticas ágeis e usar as ferramentas de gestão, sua startup ainda parece travada na hora de avançar com o desenvolvimento? Muitas pessoas que estão à frente de uma startup, ou até de um time de tecnologia, acreditam que simplesmente adotar um board ou seguir um framework como Scrum ou Kanban resolverá todos os problemas de gestão e velocidade de desenvolvimento. No entanto, essa prática pode não apenas falhar em trazer melhorias, mas também piorar a situação.

Metodologias ágeis

Neste artigo, quero compartilhar minha visão sobre o que realmente significa ser ágil e por que a agilidade que resolve problemas vai muito além de ferramentas, metodologias e processos.


Quero falar principalmente sobre como uma mentalidade ágil pode transformar a forma como sua equipe trabalha, entregando valor de maneira contínua, alinhada tanto com as necessidades do cliente quanto da empresa, fazendo com que o resto seja consequência.


Seja você uma pessoa técnica ou não, a mentalidade, juntamente com as técnicas que proponho neste texto, te dará clareza para ajustar processos que podem estar atrasando suas entregas, revertendo-os e evitando armadilhas comuns que podem comprometer o sucesso dos seus resultados.


Porque a verdadeira agilidade vai além de metodologias e boards.

A realidade sobre agilidade em Startups


Startups operam em contextos onde mudanças são frequentes e naturais. A agilidade deve ser uma mentalidade voltada para responder rapidamente às necessidades do negócio e do cliente, que devem ser a prioridade. Processos e rotinas são apenas consequências que suportam essa abordagem.


A verdadeira agilidade deve acolher mudanças sem prejudicar a produtividade. No entanto, vejo algumas startups (e até times em grandes empresas) adotarem práticas e processos enlatados com o rótulo de ágeis de forma rígida e enfrentarem dificuldades tão rápido quanto novas demandas surgem ou quando qualquer intercorrencia faz o time perder o controle do planejado


A verdadeira agilidade deve acolher mudanças sem prejudicar a produtividade. No entanto, vejo que muitas startups, especialmente as mais novas, adotam práticas e processos enlatados, rotulados como 'ágeis', sem que as equipes tenham experiência em uma realidade verdadeiramente ágil. Como resultado, quando novas demandas surgem ou qualquer imprevisto tira o time do controle, começam a enfrentar dificuldades rapidamente, sem saber como ajustar essas dinâmicas.


Acreditar que agilidade é alcançada apenas com boards e metodologias específicas é um erro comum, acreditar que quando uma dá errado, existem outras centenas que podem dar certo, mas a realidade é que para que equipes de tecnologia em startups encontrem seu equilíbrio entre flexibilidade e estrutura, sustentado por uma mentalidade voltada a colaboração, autonomia e na entrega contínua de valor para o negócio.


Acreditar que a agilidade é alcançada apenas com boards e metodologias específicas é um erro comum. Muitos acreditam que, quando uma abordagem falha, há outras centenas que podem funcionar, e seguem tentando sem sucesso, até concluírem que ágil não funciona.


Para startups, encontrar o equilíbrio entre flexibilidade e estrutura é essencial: flexibilidade para mudar de direção com agilidade, e estrutura para garantir que a startup tenha bases sólidas para suportar a escala.

O equilíbrio entre esses dois fatores é essencial para que as equipes de tecnologia possam entregar soluções capazes de sustentar e escalar o modelo de negócio. Somente ao manter esse equilíbrio em mente, somado a colaboração, autonomia e foco na entrega contínua de valor, as startups estarão preparadas para lidar com as incertezas do mercado e crescer de maneira sólida e sustentável.


Sem essa mentalidade, o risco é ficar preso em processos rígidos ou, ao contrário, em um caos desorganizado, onde qualquer mudança se torna uma crise e acaba sendo evitada a todo custo.


O verdadeiro poder da agilidade está em encontrar esse ponto de equilíbrio, onde as equipes conseguem responder rapidamente às demandas do cliente e do negócio, sem perder a consistência necessária para o crescimento a longo prazo.


A realidade das pequenas equipes

one man band

É comum que os times de tecnologia em startups sejam compostos por poucas pessoas, onde cada integrante acumula múltiplas funções. Uma única pessoa pode ser responsável pelo desenvolvimento, testes, validação e até mesmo pelo suporte ao cliente.

Esse acúmulo de responsabilidades naturalmente exige uma adaptação na forma de trabalho. O foco se fragmenta, e diversos 'pratos' precisam ser mantidos girando para que tudo funcione conforme o planejado.


Nesse contexto, as equipes buscam diariamente o equilíbrio entre estrutura e flexibilidade, mas o que realmente acontece é que a reatividade toma conta, e a única prioridade passa a ser entregar a qualquer custo, sacrificando qualidade técnica e saúde mental das pessoas.


Quase nunca justifica ter uma pessoa dedicada exclusivamente para todas as práticas de gestão. Nesse tipo de estrutura, as responsabilidades precisam ser distribuídas, auto-organizadas, flexíveis e fluir com autonomia. Isso significa que cada equipe deve encontrar sua própria forma de trabalho. O objetivo não é que todos sigam a mesma metodologia imposta por uma liderança, mas sim que a dinâmica de trabalho de cada time guie a escolha dos métodos.


Outro fato, é a incidencia de times compostos por membros que nunca trabalharam em um ambiente verdadeiramente ágil. Elas tentam implementar essa dinâmica sem propósito claro, o que gera dificuldades na adoção, pois não sabem se devem usar Kanban, Scrum, adotar sprints ou até mesmo qual ferramenta escolher, como Trello ou Jira.


Se isso está acontecendo, é provável que a agilidade tenha sido introduzida de forma equivocada. A pressão para desenvolver funcionalidades, atrair investidores e conquistar clientes é constante. Nesse cenário, gastar tempo e recursos com processos robustos pode parecer desperdicio. No entanto, a falta de estrutura também pode resultar em retrabalho e desperdício de esforços, prejudicando ainda mais a velocidade de entrega em um momento ainda mais crítico da empresa.


Agilidade é mentalidade, não metodologia


build measure learn

Agilidade trata-se de cultivar uma cultura de comunicação aberta, colaboração contínua e foco na entrega de valor. Para startups, isso significa adaptar as práticas ágeis existentes às necessidades específicas da equipe e do projeto — e, se necessário, criar novos métodos. Tudo isso deve ser uma consequência dessa mentalidade de se adaptar às mudanças, sempre fazendo, medindo e aprendendo.



Livres de uma estrutura rígida, inovação e eficiência surgem naturalmente; Um ritual como a daily deixa de ser apenas uma reunião de 15 minutos em que todos relatam o que fizeram e o que farão, e se transforma em uma ferramenta para garantir que ninguém passe mais de 24 horas sem saber o que fazer, o que está fazendo ou sem a oportunidade de pedir ajuda. Da mesma forma, a retrospectiva deixa de ser uma reunião obrigatória com um quebra-gelo qualquer e se torna um verdadeiro momento de melhoria contínua e conexão da equipe.

Se essas tecnicas vão acontecer presencialmente, em plataformas digitais, de forma diária ou assíncrona, é o próprio time que, baseado em suas experiências e aprendizados determina o formato.


A verdadeira agilidade está nos princípios e valores que orientam a equipe, e não nas ferramentas ou rituais que utilizamos. Compreender e internalizar esses valores é o que realmente transforma a maneira como uma startup opera e entrega valor.


Os 4 valores do manifesto ágil com aplicações praticas para startups


  1. Priorizar indivíduos e interações sobre processos e ferramenta

    Aplicação Prática: Incentive a comunicação aberta e a colaboração entre os membros da equipe e de toda a empresa. Realize reuniões regulares de feedback onde todos possam expressar suas ideias e preocupações. O feedback não precisa ser formal; devem existir mecanismos práticos que viabilizem essa cultura, como reuniões de 1:1, revisões de código, dailies, retrospectivas e alinhamentos frequentes entre negócio, produto e tecnologia.


  2. Software funcionando sobre documentação extensiva

    Aplicação Prática: Foque no desenvolvimento como entrega de valor, garantindo que o código siga práticas de código limpo que naturalmente tornam a documentação excessiva desnecessária. Dessa forma, as necessidades dos clientes, do negócio e de outras pessoas que venham a interagir com o código serão atendidas sem atrasar a entrega.


  3. Colaboração com o cliente sobre negociação de contrato

    Aplicação Prática: Mantenha um diálogo constante com os clientes (Sejam externos ou internos) para entender suas necessidades e ajustar o desenvolvimento do produto conforme o feedback recebido. É essencial compreender que não pode haver um "nós e eles"; o negócio não é seu inimigo e a tecnologia não é uma caverna. A colaboração aqui é aproveitar a estrutura enxuta de uma startup para validar o entendimento entre o que está sendo desenvolvido e o que está sendo entregue (output vs outcome). É comum que um time de desenvolvimento se perca em funcionalidades técnicas, como um single sign-on, enquanto negligencia aspectos críticos para o usuário, como uma tela de checkout fluida.


  4. Responder à mudança mais do que seguir um plano

    Aplicação Prática: Esteja preparado para ajustar as prioridades e estratégias conforme novas informações e mudanças no mercado, sem se apegar rigidamente a um plano pré-estabelecido. Mudanças vão acontecer, e esse é o maior diferencial competitivo da sua empresa. Use-as a seu favor; elas precisam ser acolhidas e recebidas com bons olhos por todos do time. É melhor mudar antes e entregar valor rápido do que mudar depois e ter que refazer tudo o que já foi construído.


Benefícios reais da mentalidade ágil


Adotar a mentalidade ágil traz diversos benefícios tangíveis para a startup, incluindo:


  • Entregas de Valor Contínuas: A equipe consegue entregar funcionalidades de forma incremental, garantindo que o produto esteja sempre evoluindo conforme as necessidades dos clientes.


  • Satisfação do Cliente: Com um foco constante nas necessidades e feedback dos clientes, a satisfação e a lealdade aumentam, resultando em melhores relações e maior retenção.


  • Flexibilidade e adaptabilidade: A equipe se torna mais resiliente às mudanças, conseguindo ajustar rapidamente as estratégias e prioridades sem perder o foco nos objetivos principais.


"Agilidade não é apenas sobre velocidade, mas sobre a capacidade de adaptação contínua e entrega de valor verdadeiro"

Adotar práticas ágeis simplesmente porque estão em alta pode ser um erro estratégico para startups. Agilidade não é uma tendência passageira, mas uma abordagem sustentável para o desenvolvimento de produtos e gestão de equipes.


Customização Necessária


Cada startup, cada time, cada momento, cada pessoa possuem suas próprias particularidades, e as metodologias ágeis devem ser adaptadas para atender a essas necessidades específicas. Não existe uma solução única que funcione para todas as equipes. É essencial identificar quais práticas realmente agregam valor e quais podem ser descartadas ou ajustadas.



agile landscape
Deloitte Agile Landscape
Em vez de seguir à risca todos os rituais do Scrum, uma pequena equipe pode optar por realizar apenas as reuniões de planejamento e retrospectiva que realmente ajudam a melhorar o fluxo de trabalho. Combinar isso com práticas de Kanban para maior flexibilidade e, talvez, adicionar elementos do Kaizen para retrospectivas pode ser um caminho mais eficaz.

Priorizar objetivos claros


Antes de escolher ferramentas e metodologias ágeis, é fundamental definir claramente os objetivos do time. Saber exatamente o que se deseja alcançar e entender o que é importante para as pessoas da equipe permitirá selecionar as práticas que melhor suportam esses objetivos, evitando a aplicação de métodos que não trazem benefícios reais.


Se o objetivo principal é melhorar a comunicação interna, a startup pode focar em práticas como reuniões diárias de stand-up e ferramentas de comunicação eficientes, em vez de adotar todas as práticas do Kanban.

Educação e repertório


Investir no entendimento profundo da equipe sobre o que realmente significa agilidade é essencial, garantindo que todos compreendam os princípios por trás das práticas e possam aplicá-las de forma eficaz, sem perder o foco no essencial. Mas atenção: NÃO invista tempo em longos treinamentos, cursos ou workshops sobre práticas ágeis. O importante é ter uma noção básica das principais metodologias, entender o que elas oferecem e ir implementando aos poucos, conforme as necessidades surgem.



Uma boa analogia seria como aprender a andar de bicicleta. Você não lê todos os manuais sobre ciclismo antes de começar. Em vez disso, sobe na bicicleta, começa a pedalar e aprende com a prática. Aos poucos, você descobre se prefere pedalar na cidade ou na montanha, e vai se equipando e especializando conforme ganha experiência. Da mesma forma, com as práticas ágeis, é mais eficaz começar com o básico (entrega de valor e ciclos de feedback) e ajustar conforme adquire prática, ao invés de tentar dominar todas as metodologias de uma vez sem saber por onde começar.


partes de uma bicicleta

Quando a microgestão se disfarça de agilidade


Esse tema poderia estar em outro texto, mas acho interessante pontuar aqui, já que você está buscando entender esses paradigmas, e preciso trazer que em alguns casos, líderes podem transformar metodologias ágeis em ferramentas de controle excessivo e centralização de informação, confundindo agilidade com microgestão. Isso acontece quando a preocupação em "ser ágil" se traduz em supervisão constante e falta de autonomia para a equipe.


Sintomas da microgestão


  • Reuniões: O time é obrigado a participar de diversas reuniões sem propósito claro, sem flexibilidade para questionar e modificar esses encontros, consumindo tempo que poderia ser dedicado ao desenvolvimento.

  • Cobranças constantes: A liderança solicita atualizações frequentes, criando um ambiente de pressão e desconfiança.

  • Falta de autonomia: Decisões que poderiam ser tomadas pela equipe são centralizadas, limitando a criatividade, auto organização e a proatividade dos membros.


Entendendo os desafios das pequenas equipes e os perigos da microgestão, é hora de explorar como a mentalidade ágil pode ser verdadeiramente implementada em startups. Na próxima seção, discutiremos como adaptar os princípios ágeis às necessidades específicas da sua equipe, promovendo um ambiente de colaboração e eficiência


Ao entender que agilidade é uma mentalidade e não uma simples aplicação de metodologias, as empresas podem criar ambientes mais flexíveis e focados na entrega de valor. Evitar a "modinha" e customizar as práticas ágeis conforme as necessidades específicas garante que a agilidade seja uma ferramenta poderosa para o crescimento sustentável e o sucesso contínuo da equipe e do produto.


Implementando a verdadeira agilidade em startups


Startups têm a vantagem única de serem enxutas e flexíveis, permitindo que a agilidade seja implementada de forma mais natural. Ao contrário de empresas maiores, que dependem de múltiplas camadas de burocracia, governança e controle, startups podem utilizar a agilidade a seu favor para responder rapidamente às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes.


Passo 1: Abraçar os princípios do Manifesto Ágil


Antes de adotar qualquer metodologia ou ferramenta, é fundamental internalizar os valores e princípios do Manifesto Ágil. Isso significa priorizar indivíduos e interações, software em funcionamento, colaboração com o cliente e resposta a mudanças.


Na prática: Incentive uma cultura de comunicação aberta e colaboração. Promova a autonomia da equipe para tomar decisões que agreguem valor ao produto e ao cliente, sem a necessidade de processos burocráticos, quanto mais simples, mais fácil e flexível será o dia a dia.


Passo 2: Adaptar práticas ágeis à realidade da startup


Em vez de seguir rigidamente um framework como Scrum ou Kanban, adapte as práticas ágeis às necessidades específicas da sua equipe. A flexibilidade é uma vantagem competitiva que deve ser explorada.


Na prática: Se reuniões diárias ajudam na comunicação, adote-as. Se certos rituais não agregam valor, ajuste-os ou elimine-os. O importante é que as práticas escolhidas realmente beneficiem o fluxo de trabalho.


Passo 3: Focar na entrega contínua de valor


Mantenha o foco na entrega de valor ao cliente de forma contínua e incremental. Isso permite que o produto evolua rapidamente e se adapte às necessidades reais dos usuários.


Na prática: Priorize funcionalidades que tenham impacto direto na satisfação do cliente e nos objetivos do negócio. Evite gastar tempo em atividades que não contribuem para a entrega de valor.


Passo 4: Utilizar a flexibilidade como vantagem


Startups podem se mover rapidamente sem as amarras de processos burocráticos. Use essa agilidade para ajustar estratégias e prioridades conforme necessário.


Na prática: Esteja aberto a mudanças baseadas em feedbacks ou novas informações do mercado. A capacidade de pivotar rapidamente é um trunfo que startups têm sobre empresas maiores.


Passo 5: Evitar a microgestão disfarçada de agilidade


Cuidado para não transformar metodologias ágeis em ferramentas de controle excessivo. A verdadeira agilidade promove autonomia e confiança na equipe.


Na prática: Dê espaço para que os membros da equipe tomem decisões e assumam responsabilidades. Reduza reuniões desnecessárias e controles que não agregam valor ao processo.


Conclusão


Ao implementar a verdadeira agilidade, sua startup pode operar de forma mais eficiente e competitiva, respondendo rapidamente às mudanças e entregando valor real aos clientes. Diferentemente de grandes empresas que enfrentam burocracias e processos lentos, startups têm a oportunidade de incorporar a agilidade como parte essencial de sua cultura, aproveitando ao máximo sua capacidade de adaptação e inovação. Isso resulta em maior felicidade, engajamento, retenção e atração de bons profissionais.


A verdadeira agilidade não está em um board ou em sprints, mas na capacidade da sua equipe de aprender e evoluir juntos. Cultivar uma mentalidade ágil significa criar uma cultura onde a colaboração, autonomia, comunicação aberta e a busca contínua por melhoria são prioridades.


E você, como tem implementado a agilidade na sua startup? Compartilhe suas experiências e dúvidas nos comentários abaixo. Se precisar de apoio para iniciar essa jornada, a Uníssona está aqui para ajudar a transformar a agilidade na sua equipe e garantir o sucesso contínuo do seu projeto.



 

Referencias:

  1. UNISSONA. Programa de Aceleração em Produto e Tecnologia para startups da Uníssona. https://www.unissona.com/aceleracao

  2. HAGEMANN, Stefan. Deloitte's "The Agile Landscape" Analyzed. Disponível em: https://stephanhagemann.com/agile_landscape

  3. Deloitte. Deloitte's Agile V3. Disponível em: https://www.slideshare.net/slideshow/agile-placemat-v9/63695091#2

  4. MANIFESTO ÁGIL. Manifesto Ágil. Disponível em: https://agilemanifesto.org/iso/ptbr/manifesto.html

  5. Adriel Moro. Ágil não é rapidinho, será?. Disponível em: https://medium.com/agile-mindset/agil-nao-e-rapidinho-sera-731adb26419a

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